quarta-feira, 8 de abril de 2020

PATRIMÔNIO IMATERIAL DE PILÕES

A Constituição de 88, no seu art. 216, fala de Patrimônio Cultural material e imaterial. Conceito mais abrangente do que o de Patrimônio Histórico e Artístico. A noção de Patrimônio Cultural abraça, além dos bens históricos e artísticos até então bastante badalados no meio, valores imateriais, que compreendem tradições e costumes herdados do passado, trabalhados no presente e repassados para as gerações futuras. Lendas, danças, músicas, festas, lugares e formas de sociabilidade, artes cênicas, etc., formam o conjunto do patrimônio cultural imaterial de um agrupamento humano.

A ruína de um conjunto arquitetônico; de uma escultura, um quadro, ou uma peça artística já é muito dolorosa e, na maioria das vezes, irreversível. A perda de um bem imaterial é irreversível quase que plenamente.

João de Gado, escultor popular que talhava galhos, raízes e troncos de árvores - de onde fazia surgir belas imagens religiosas e peças outras - desapareceu sem que ninguém tivesse tido o cuidado de preservar sua produção. A única referência da obra desse grande artista pilonense, que viveu até meados do século passado, é a possibilidade de que uma imagem que adorna a capela do cemitério de Pilões seja de sua lava.

"Antonhe Macie" (Antônio Marcílio) corre o mesmo risco de ter sua obra (versos e canções) perdida para sempre.

Isso é apenas o que está visível. Quantas 'estórias', lendas, superstições, habilidades pessoais não estão correndo o mesmo risco de morrerem com seus detentores? ...Quantas???


Eu, a Secretária Iacy Ramalho e a consultora do SEBRAE, Marlene estivemos com Antonhe Macie e gravamos essa pérola que você pode acessar nesta postagem. Pena que a Insensibilidade da Iacy frustrou a performance do poeta.


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