O Brasil perdeu seu maior arquiteto. O céu ganhou a perfeição do traço.
Morre, aos 104 anos de idade - 10 dias antes de completar 105 anos -, o criador de Brasília e de tantas outras obras espalhadas pelos quatro cantos do mundo. Niemeyer, nascido Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares em 15 de dezembro de 1907, no Rio de Janeiro, morreu nesta última quarta-feira, 05 de dezembro de 2012 na cidade que o viu nascer.
De fala mansa, gestos comedidos e atitudes cidadãs; dedicou sua vida ao seu ofício, à sua arte. Retorceu o concreto, dando-lhe leveza e movimento em forma de belas construções. Niemeyer revolucionou a arquitetura moderna com suas ousadas curvas.
Um dia escreveu: "Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida."
A Paraíba foi presenteada com a grandeza do mestre: João Pessoa ganhou a "Estação Ciência", já inaugurada, na ponta do Cabo Branco; Campina Grande está concluindo um belo museu em forma de três pandeiros na orla do Açude Velho. Observa-se, em ambas, as características perseguidas pelo Arquiteto de Brasília: - a leveza, dando a impressão de que a construção flutua no espaço; e a curva que dá impressão de movimento ao concreto.
ESTAÇÃO CIÊNCIA DO CABO BRANCO, João Pessoa - PB.
Museu às margens do Açude Velho, Campina Grande - PB
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