quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

NÃO SINTO A DOR DOS OUTROS!

Foi assim que se expressou um importante político pilonense quando questionado sobre a brutalidade das demissões em massa de prestadores de serviço do Município.

Eu já o ouvi dizer algo parecido. Certa feita estávamos eu, ele e outros políticos sentados em uma mesa conversando sobre questões da população, quando um dos presentes reclamou de perdas em seu espaço no governo - espaço pecuniário, evidente. De pronto o figurão respondeu, - "primeiro, eu salvo minha pele e a pele de minha mulher."

Uma amiga minha esteve na sala dessa ilustre figura solicitando uma ajuda em forma de um trabalho para uma irmã - que a acompanhava naquele momento - para que a mesma pudesse saldar algumas contas no comércio local, pois acabara de saber que o Estado havia rompido o contrato de prestação de serviço que mantinha com aquela parenta. "Não posso me arriscar por você. Tenho que salvar primeiro minha pele".

Óbvio que esse não deve ser o perfil de um político. Primeiro eu, depois os outros não é filosofia para político. Principalmente político de cidade pequena como a nossa. Com relação a político que tem esse tipo de pensamento podemos deduzir que na hora de aplicar o dinheiro público ele pode facilmente dizer: "primeiro a parte do meu bolso, se sobrar faço a parte da comunidade". Na hora de construir uma obra pública deve pensar: "primeiro meus 30%, o restante fica para a obra."

Esse é o tipo de político que o STF começou expurgar da vida pública brasileira, muito tardiamente, reconheço, mas com tempo ainda suficiente para salvar essa grande nação.


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