quarta-feira, 24 de junho de 2020

A ÉTICA DO POLITICAMENTE CORRETO

A judicialização da vida, do comportamento em sociedade.

Segundo Pondé, a discussão do politicamente correto tem raízes num debate da esquerda pós maio de 1968. Sustentada em teorias como a filosofia pragmática americana, que entende que ao você alterar a linguagem, você altera gestos e crenças.

"A violência da linguagem pode matar, mas a "língua de madeira artificial, que parece dizer que o uso de certas palavras impedem o preconceito, é um exagero. - Temos que jogar fora a água suja, preservando a criança do Banho" (Leandro Karnal).

"O politicamente correto, como norma de coesão social, repete o conhecimento básico de que a substância essencial da moral pública é a hipocrisia. E o politicamente correto é uma forma de hipocrisia. Na prática, o politicamente correto é uma tentativa de destruir carreiras, cecear textos, não deixar você pensar nas coisas com liberdade". O politicamente correto é uma forma de hipocrisia mais sofisticada, filosoficamente fundamentada. Achar que a alteração da linguagem possa alterar corações e mentes, que cecear a linguagem e transformar a linguagem leve à transformação do pensamento. Nesse contexto, o politicamente até pode gerar mais violência." (Luís Felipe Pondé).

"Há uma positividade na discussão sobre o politicamente correto. Estávamos num polo degenerado do uso da linguagem como forma de dano a outras pessoas. Mas se há um exagero no uso da palavra como arma de destruição, também há exagero na cobrança no uso do politicamente correto. Isso tem que ser discutido" (Mário Sérgio Cortella).




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