A falta de chuvas tem trazido um fenômeno raro ao nosso Município: as queimadas.
Quando as terras de Pilões eram cobertas por cana-de-açúcar - isso, lá pelos anos 70, 80 e início dos anos 90 - queimadas eram uma prática comum na sua colheita. A técnica (equivocada) consistia em delimitar uma parte do partido de cana, fazendo aceros no seu em torno, de forma que fosse possível executar a queima sem correr o risco de que o fogo se alastre por todo o canavial.
As queimadas que observamos hoje em nossas matas não têm nada de parecido com aquela antiga prática cultural. Hoje, o fogo não é voluntário nem, tão pouco, controlado. Está entre o acidental e o criminoso, o que, qualquer que seja a opção, é muito grave.
Na última semana, uma grande área do início da subida da Serra do Espinho - junto à Sede da Associação Comunitária de Ouricuri - foi tomada pelo fogo. As chamas varreram mais de cinco hectares de floresta ressequida pela falta de chuvas dos últimos meses. Pelo que se vê nas matas - totalmente secas - a coisa não vai ficar por aí.
O ano de 2012 foi um dos mais secos dos últimos tempos em Pilões. As chuvas só ocorreram nos meses de maio e junho. Nos demais meses, só ocorreram ameaças de chuva. A situação foi tão grave, que praticamente não se colheu milho em nosso território. Quem plantou, perdeu por completo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário