O bafo do monstro já é sentido por todos e em todos os lugares. A gasolina foi reajustada em mais de 20% nos últimos seis meses; a cesta básica não ficou muito distante desse percentual; água, energia elétrica, escola, e muitos outros itens de consumo regular da população sofreram ajustes superiores a 6% nos últimos 12 meses. É o dragão da inflação.
Não faz muito tempo, já convivemos com um apetite bem mais voraz do dragão (no governo do insosso Sarney a fera jorrava fogo a uma temperatura superior a 80% ao mês). Os governos Itamar e FHC domaram a fera e botaram-na para hibernar. No final do período de FHC a inflação deu um forte suspiro em conseqüência da grande interrogação do que seria um governo Lula, na época forte candidato à Presidente. Lula ganhou, adotou o modelo FHC de tocar a economia (colocou um Deputado do PSDB na Presidência do Banco Central), e acalmou os investidores desarmando assim, os especuladores. Manteve a inflação domada.
Os sintomas agora não são os mesmos do final do governo FHC, são bem mais consistentes e de raízes bem mais profundas. O governo (tonto como nunca) já admite uma taxa de 6,5% ao ano (uma enormidade para uma economia que se quer estabilizada).
Dificilmente, com as medidas que tem tomado, vai conseguir algo menor que isso. Aliás, 6,44% já é a inflação acumulada nos últimos 12 meses (dados oficiais do governo).
Especialistas afirmam que os preços já vêm fugindo ao controle desde o governo Lula. Como forma de não atrapalhar a eleição de Dilma e, de certa maneira preservar a boa imagem do Presidente falastrão, os dados foram escondidos da população. Mecanismos necessários à concepção dessa prática anti-republicana não faltaram ao governo do PT; - órgãos como o IBGE, responsáveis pela apuração, processamento e divulgação da inflação no país, são tocas de petistas de plumagens vistosas.
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