sexta-feira, 17 de setembro de 2010

MINHA QUASE AMIGA

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Não acredito em "almas gêmeas", em par perfeito, amizade eternamente sincera. São todas criações da ingenuidade despretensiosa da raça humana. São fantasias que atenuam o 'tic tac' dos anos, emoldurando nossos castelos que, fatalmente, terminam em montes de areia. Têm lá sua importância: alimentam-nos com sonhos e nos fazem esquecer o quanto é dura a vida.
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Acredito sim, na convivência que se constrói a cada dia e em todos os dias; que se renova em cada gesto, em cada olhar, em cada lembrança. Acredito na "Quase amizade!"
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A amizade é algo grandioso, acabado, utópico. Um todo que se pretende perfeito e concluído, não encorajando acréscimos de qualquer ordem. É o ápice de onde não se pode almejar mais nada. A quase amizade, essa sim, é um templo em construção, em que todos estamos dispostos a acrescentar mais uma pedra buscando aquele ápice. É um espaço dinâmico e vibrante, que nos faz mais fortes e nos encoraja a buscarmos o amanhã que desejamos.
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Quase amizade? ...Tenho poucas! - Acho que encontrei mais uma "Minha Quase Amiga!"
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