Os poucos historiadores que se aventuraram no passado de Pilões contam que comerciantes provenientes da sesmaria do Mamanguape começaram a desbravar a região do nosso município a partir do final do século XVIII. Eles se aventuravam pelo leito do rio Araçagi-Mirim que corta o vale onde foi erguido um povoado. Na época o povoado servia de paragem para aqueles viajantes. O trecho do rio onde fica Pilões tem o leito coberto de pedras. A água, caprichosamente, esculpiu cavidades na rocha com o formato de pilões. São verdadeiras obras de arte, polidas pela água através dos milênios.
Ao embrenharem-se nos rios e florestas, aqueles aventureiros diziam: “vamos acampar nos pilões”. E assim, passou à história.
Em meados da década de 40 do século passado o povoado recebeu o nome de “Entre Rios”, numa alusão ao fato de que Pilões ficar entre dois rios: o Araçagi-Mirim, que corta a zona urbana ao norte, e o Araçagi, na zona rural, ao sul do território do Município. Esse nome não vigorou por muito tempo. Foi abolido ainda naquela década e substituído por Pilões de Dentro. Com a emancipação em 20 de agosto de 1953 passou a ser chamado apenas de Pilões.
A denominação Pilões de Dentro sugere a existência de outros pilões, que seriam os pilões de fora. E eles existem! O leito do rio Araçagi também tem os seus pilões. Um terceiro rio, o Bananeiras (também chamado Rio da Manga), que corta o engenho Avarzeado, tem em seu leito rochedos repletos de pilões feitos pela natureza ao longo dos anos.
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