PORTO DE GALINHAS

Litoral sul de Pernambuco, esta praia até meados do século XIX, tinha o nome de "Porto Rico". Com a proibição do tráfego de escravos no território brasileiro - por pressão da Inglaterra, na segunda metade do século em referência - os comerciantes de escravos continuaram a trazer negros africanos de uma maneira bem brasileira: os navios vindos da África chegavam ao território nacional carregados de gaiolas típicas do transporte de Galinha d'angola - ave muito apreciada pela elite da época - camuflando o ilícito tráfego de escravos que vinham no porão do navio. Ao aportarem no litoral pernambucano, os envolvidos no comércio ilícito faziam a divulgação comunicando ao público que acabara de chegar ao porto novas galinhas. O adjetivo "novas" significava para os interessados que novos escravos acabara de chegar ao porto. Com o passar dos tempos a localidade que era, e ainda é, grande produtor de cana-de-açúcar, passou a ser referido como "Porto de Galinhas". E assim passou a ser chamada através da história.

A explicação acima não passa de um folclore local. Na realidade Fras Post, Pintor holandês que retratou várias paisagens da fauna e flora brasileiras no início do século XVII - período em que Pernambuco era governado por Maurício de Nassau - já fazia referência a este recanto do litoral sul de Pernambuco como Porto de Galinhas. Tudo leva a crer que o nome faz referência a uma tribo do interior da Africa denominados "galinhas" que foi trazida em grande número para esta localidade.

Situada no município de Ipojuca, esta bela praia do litoral pernambucano é hoje um dos lugares mais procurados pelos turistas que visitam a orla brasileira. Seu mar de um azul inconfundível, protegido por recifes naturais, é de uma beleza singular. Chamam a atenção dos visitantes, suas piscinas naturais que se formam na maré baixa. Os turistas se deleitam nos mergulhos em águas transparentes povoadas por belos peixes. As águas mornas guardam esplêndidas imagens, desfrutadas por deslumbrados visitantes.