terça-feira, 14 de julho de 2020

14 DE JULHO - 241 ANOS DA QUEDA DA BASTILHA.

Fortaleza da Bastilha (Fonte: Wiki)
Em setembro de 1991 eu visitei o que restou da Bastilha, no centro de Paris - uma linha sinuosa traçada no solo e poucas pedras, supostamente remanescentes daquela famosa e brutal prisão, dispostas nos canteiros centrais de algumas ruas adjacentes. Não vi concretamente muita coisa, mas a sensação de estar pisando o solo onde se deu o evento histórico que reposicionou os papéis do Estado, do governo e do povo na construção da sociedade ocidental contemporânea foi emocionante.


Marquês de Launay (Fonte: Wiki)
O povo, movido por um boato de que o exército iria massacrar a população de Paris, se dirigiu à Bastilha em busca de pólvora e armas para se defender. Antes, porém, já havia tomado de assalto todas as armas do Palácio dos Inválidos (atualmente um misto de museu e tumba de famosos, onde se encontra um pomposo ataúde com os restos mortais de Napoleão Bonaparte, que visitei na mesma época). O Marquês de Launay (Bernard-René Jourdan de Launay), governador da fortaleza da Bastilha, tentou bloquear a marcha popular, mas, com seus poucos homens, não conseguiu - foi aprisionado pelos revoltosos e decapitado. A cabeça foi espetada na ponta de uma lança e conduzida pelas de Paris. Depois o povo destruiu e incendiou a prisão, deixando-a por terra. Era 14 de julho de 1789, o dia que mudou radicalmente o mundo ocidental. Não foi necessariamente aí que teve início a agitação que resultou na Revolução Francesa - a crise econômica já vinha agitando camadas de um povo faminto -, mas a Queda da Bastilha anunciou ao mundo e à França que algo novo estava sendo gestado. Daí ser apontada por todos como o início da Revolução.








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