sábado, 5 de outubro de 2013

RAINHA LOUCA

O povo é sábio.

A despeito de sua natureza abstrata, o povo é uno e sabe o que faz. E a história está repleta de exemplos do que afirmo aqui: que o diga o 14 de julho da Bastilha; o 4 de julho da Filadélfia; os ares do último mês de junho nas grandes cidades brasileiras.

Acostumada às benesses do Estado espoliado, ela quis continuar assaltando os nossos cofres, achando-se competente e insubstituível. Era o fastígio do desvairamento da Rainha Louca.

Ainda povoa nosso imaginário, aquela figura apática na relação social, com o olhar perdido - fitando o chão ou o vazio espaço em à sua volta -,  mas ávida e ligada naquilo que pudesse usurpar de outrem. Alguns poucos governantes têm um projeto de governo; muitos, um projeto de poder; aquela figura asquerosa tinha um projeto de enriquecimento pessoal.

Desalojada do Trono pela vontade do napoleônico povo, a desmiolada foi ter em praias nordestinas, bem longe da corte e do tesouro lusitano.

Sorte nossa!

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