Não sei se podemos chamar àquelas gotas d'água de chuva, mas o fato é que desde a madrugada desse Sábado, dia 12 de Janeiro, nuvens carregadas cruzam os céus de Pilões e deixam cair uma garoa muito fina.
A ausência da chuva na região se alonga a tanto tempo que aquilo que caiu ontem pode sim, ser chamado de chuva. A temperatura baixou; a poeira, também; só não fez os rios renascerem.
Ouvi um especialista da área dizer que a tendência é de "diminuição pluviométrica na Região Nordeste ao longo desse século". É o que está acontecendo a olhos vistos aqui, no Brejo da Paraíba. As secas se sucedem cada vez mais profundas e longas - a do ano passado já foi grave, mas a deste ano a superou em tudo.
Pilões parece mais com um sertão empoeirado. As cacimbas - locais onde o lençol freático aflora formando pequenos poços a céu aberto que abastecem a população rural - secaram. Os riachos? Faz tempo, não correm mais. Dentre os rios, só mantém um fino veio d'água o que é alimentado pela barragem de Areia, pois os outros são só pedra, areia e mato seco. Nem para matar a cede dos animais se prestam.
A chuva de ontem não nos trouxe água, mas renovou nossa esperança e nossa fé.
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