Quem não ouviu um dia aquela maravilhosa fábula do beija-flor!?
Estavam todos os animais no ceio da floresta tocando suas vidas quando, de repente, iniciou-se um grande incêndio que passou a consumir aquela bela e maravilhosa floresta. Foi aquele alvoroço. Cada um que procurasse fugir o mais depressa possível para não ser tragado pelas chamas:
- a cobra se saiu de fininho por entre os arbustos;
- o gavião alçou vôo para o mais alto que pudesse alcançar;
- a garça pousou bem no meio do lago, e lá permaneceu imóvel esperando o pior passar;
- o lobo vestiu-se de covarde e deu o fora;
- a gaivota, que estava ali só de passagem, fez de conta que não estava entendendo nada e pôs-se à procura de outros mares;
- o sapo, afeito aos dois ambientes, encheu os pulmões e mergulhou o mais fundo possível no lago;
- a preguiça coitada, ainda dava o seu terceiro passo de sua dolorosa e aterrorizante descida da árvore quando percebeu que o nobre beija-flor voava até o lago, onde dava um perigoso e difícil rasante enchendo o bico com água para, de lá, empreender novo vôo até a floresta em chamas, liberando aquela água que trazia no bico. Incansável beija-flor, já estava em sua enésima viagem, mesmo assim demonstrava um vigor contagiante.
- Amigo beija-flor? Indagou com palavras pausadas, a amável preguiça. O amigo não espera apagar esse fogo com essas gotas de água que traz no bico, espera!?
- Claro que não, amiga preguiça. Estou apenas fazendo a minha parte! - Disse isso e continuou em sua missão impossível.
Reflexão:
Educo meus filhos para serem "o beija-flor" dessa fábula. Desde cedo lhes coloquei a importância de cuidarmos bem dessa grande nave chamada terra.
Estou constantemente me policiando para não jogar um papel de chiclete que seja na natureza: coloco-os em meus bolsos para depositar, mais tarde, no lugar ideal.
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